18 de janeiro de 2011

Presidenciais 2011


No dia de campanha que Manuel Alegre dedicou ao distrito de Braga, vivi momentos bastante antagónicos. 
Por um lado, a forma calorosa com que a cidade de Braga recebeu o candidato faz acreditar que está ao nosso alcance a possibilidade de uma segunda volta. O contacto directo com o poeta/candidato confirmou-me que fiz a escolha certa na hora em que me decidi apoiar a sua candidatura e que este é o homem que melhor pode lutar e defender os valores que eu defendo e acredito.

Por outro lado, fiquei muito triste com a maneira como decorreu a passagem do candidato por Vila Nova de Famalicão. Apesar das adversas condições climatéricas, foi muito significativa a quantidade de pessoas que esperaram Alegre. Mas a iniciativa simbólica da homenagem a Bernardino Machado (e também a visita à Associação de Moradores das Lameiras que estava prevista e que acabou por não se realizar) merecia outra atenção por parte de toda a organização da campanha. Várias pessoas manifestaram-me a sua tristeza por não terem tido a possibilidade de o cumprimentar e por ter sido demasiado rápida a sua passagem por cá.
O povo, que tantas vezes é invocado nesta campanha, precisa de contactar de uma forma mais próxima com os candidatos e com os políticos, precisa de olhar nos seus olhos e poder questionar, desabafar, sugerir. Quando falo de povo, não me refiro apenas ao povo que é militante dos partidos e que naturalmente está mais próximo das campanhas, refiro-me ao povo anónimo a quem é preciso chegar e que merece essa oportunidade de falar de perto e pessoalmente com quem se propõe assumir tão altas responsabilidades.

O candidato deve ir ao encontro do povo e não o contrário.

Sem comentários:

"O mal dos seres humanos, é que preferem ser arruinados pelos elogios, a ser salvo pelas críticas."