3 de novembro de 2009

Tomada de posse

Tive hoje o privilégio de tomar posse como deputado da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão, eleito pelo Bloco de Esquerda.
Entendo esta minha presença na Assembleia Municipal como uma nova forma de participação cívica na sociedade, no seguimento daquilo que tem vindo a acontecer há vários anos a esta parte, primeiro no associativismo, depois na militância partidária e agora também nestas novas funções. Entendo-a numa perspectiva de serviço, de trabalho, de concertação. Muito mais que as posições do meu partido, são os superiores interesses de todos os famalicenses e a minha consciência que orientação a minha participação no órgão mais representativo da população.
As promessas eleitorais nunca serão esquecidas e irei bater-me por elas nas condições que tiver para o fazer, mesmo sabendo que será muito difícil de o conseguir por força de o Bloco de Esquerda ter apenas dois deputados na Assembleia. Apesar disso honrarei o compromisso que fiz com os famalicenses na altura da apresentação da candidatura.
Neste mandato que agora tem início não espero, infelizmente, grandes alterações. Ficou claro pela intervenção de Armindo Costa que o município de V. N. de Famalicão continuará a ser governado num estilo presidencialista, com todo o poder na mão de uma única pessoa. Voltamos a ouvir as mesmas promessas repetidas vezes sem conta, mas em que a maioria dos famalicenses voltou a acreditar. Espero, para bem dos famalicenses, que algumas dessas promessas venham a ser realidade durante este mandato, principalmente aquelas que mais directamente afectam a qualidade de vida das populações. Mas temo que a prioridade continue a ser dada ao populismo de obras e iniciativas que enchem páginas dos jornais, mas que pouco contribuem para o bem-estar e desenvolvimento do concelho.
Da mesa da Assembleia Municipal espero e desejo que tenha a imparcialidade que o cargo exige e que seja capaz de congregar vontades e esforços dos diferentes quadrantes políticos ali representados para dignificar o órgão e consequentemente a própria Democracia. Ao contrário daquilo que no passado chegou a acontecer, espero que a Assembleia Municipal seja exigente para com Câmara Municipal, no estrito âmbito das suas competências e que seja efectivamente o seu órgão fiscalizador.
Dos meus e minhas agora colegas deputados e deputadas dos diversos partidos espero um aceso e construtivo debate de ideias que tenha como objectivo único o desenvolvimento equilibrado e sustentável do nosso município, nas suas mais diversas vertentes. Neste aspecto, poderão sempre contar com o meu modesto contributo.
Por último e não menos importante, uma palavra a todos os presidentes das juntas de freguesia, desejando que o seu importantíssimo trabalho na relação de proximidade com as populações seja um factor de desenvolvimento das freguesias a todos os níveis. Este trabalho de maior proximidade com as populações deverá ser motivador e mobilizador de uma maior participação dos cidadãos no processo democrático.

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"O mal dos seres humanos, é que preferem ser arruinados pelos elogios, a ser salvo pelas críticas."