14 de setembro de 2008

Dizer bem ou dizer mal

Já várias vezes fui criticado por, supostamente, apenas dizer mal de quem está no poder, quer seja na Câmara Municipal como no Governo. Na prática, eu apenas manifesto a minha opinião sobre decisões e posições dos órgãos democraticamente eleitos, um direito que me assiste, assim como a qualquer outro cidadão.
Quanto ao facto de eu me referir quase sempre a aspectos negativos da gestão da Câmara ou do Governo, devo referir que isso é perfeitamente natural. O "poder" usa os meios públicos, pagos com os nossos impostos, fruto do esforço de cada um de nós para fazer pura propaganda, de uma forma demagógica, exagerada e repetitiva. Nunca, mas nunca o "poder" faz qualquer referência àquilo que promete e não cumpre, àquilo que é da sua responsabilidade e que está mal. Assim sendo, é legítimo que haja aquilo a que já alguém chamou de contraditório, é legítimo que os cidadãos se manifestem publicamente sobre aquilo que não está bem e que deveria estar.
De uma forma mais simplista, é salutar que numa sociedade que se pretende evoluída possa haver opiniões diferentes, diversas visões sobre as opções a tomar pelo colectivo municipal ou nacional. O acto cívico de manifestar opiniões, mesmo que normalmente contrárias às maiorias, é sintoma de maturidade da sociedade, pois só não há opiniões contrárias quando as pessoas são impedidas de o fazer, seja porque motivo for, ou quando simplesmente não houver opiniões.
Por muito que isso custe a algumas pessoas, continuarei a manifestar a minha opinião, enquanto me for possível fazê-lo.

Sem comentários:

"O mal dos seres humanos, é que preferem ser arruinados pelos elogios, a ser salvo pelas críticas."