18 de fevereiro de 2008

Derrapagens nos orçamentos

Segundo o JN de hoje, "A maior parte das obras públicas em Portugal termina com derrapagem financeira e, segundo um estudo que analisou 73 empreitadas (realizadas entre 1985 e 2004), o custo final atinge geralmente o dobro do preço inicialmente previsto."
E ainda "do conjunto de empreitadas estudadas, verificou-se que 69 custaram mais do que o previsto, sendo que a dimensão do desvio varia entre 7% e 243%. Ou seja, em média, as obras públicas custam mais 102% do que o previsto."
"Tomando como exemplo seis grandes obras públicas, chegamos a uma conclusão aterradora o desvio em relação aos valores inicialmente previstos foi superior a 480 milhões de euros"

Esses 480 milhões de desvio em apenas 6 obras seriam suficientes para suprir muitas das carências sociais do país. Mas se considerarmos todas as verbas gastas amais em obras públicas, facilmente se verifica que uma grande parte dos impostos que todos pagamos é mal aplicada.
Mas será que os responsáveis pelos erros de calculo na orçamentação das obras acaba por ser responsabilizado por isso? Não o sendo, é legitimo que se pense que as derrapagens em quase todas as obras são propositadas ou então que o país é governado por incompetentes.
Este estudo refere-se a obras de âmbito nacional, mas nas autarquias o problema é igual, embora com números inferiores.
.

Sem comentários:

"O mal dos seres humanos, é que preferem ser arruinados pelos elogios, a ser salvo pelas críticas."