Poderá considerar-se um autêntico êxito o número de visitantes, cerca de 75 mil pessoas, que acorreram até agora à exposição "Pedra Formosa/Arqueologia Experimental", que decorre no Museu Nacional de Arqueologia, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Armando Coelho, professor do Departamento de Arqueologia da Universidade do Porto, coordenador e comissário da exposição, mostrou-se surpreendido pelo elevado número de visitantes, considerando que os "números ultrapassaram de longe as expectativas".
O núcleo fundamental da exposição corresponde, segundo Armando Coelho, à "musealização de uma experiência de reconstrução à escala real de um monumento proto-histórico (Pedra Formosa), cuja estrutura e interpretação têm sido objecto de estudo e debate científico".
A reconstituição que se traduziu em grande parte nesta mostra visa essencialmente o objectivo de contribuir para o aprofundamento desse mesmo debate e também verificar com rigor toda a construção do monumento a partir das suas ruínas.
De acordo com Armando Coelho, a exposição nos Jerónimos enquadra-se no "programa esclarecido do Museu Nacional de Arqueologia que, deste modo, a par de uma visão nacional, vem também dando visibilidade às iniciativas locais e regionais, neste caso do Gabinete de Arqueologia da Câmara de Famalicão".
A presente exposição que ainda poderá ser vista até ao final do ano é constituída por um formato que, além da componente arqueológica, pretende, segundo o seu responsável, "apresentar-se como experiência de comunicação arqueológica, dando força aos materiais, às estruturas e às volumetrias do mundo antigo, sem esquecer a componente virtual que acompanha mas não a substitui".
Um dos aspectos curiosos de "Pedra Formosa" apontados por Armando Coelho reporta-se à interpretação proposta, ultrapassando antigas explicações e que adquirem um significado substancialmente mais rico. Destaque, por exemplo, no âmbito da antropologia religiosa em que a função aí praticada era fundamental ao evidenciar a função regeneradora dos rituais de iniciação das comunidades castrejas do Noroeste peninsular. Agostinho Santos
1 comentário:
Pedra Formosa" já foi vista por 75 mil pessoas
Poderá considerar-se um autêntico êxito o número de visitantes, cerca de 75 mil pessoas, que acorreram até agora à exposição "Pedra Formosa/Arqueologia Experimental", que decorre no Museu Nacional de Arqueologia, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Armando Coelho, professor do Departamento de Arqueologia da Universidade do Porto, coordenador e comissário da exposição, mostrou-se surpreendido pelo elevado número de visitantes, considerando que os "números ultrapassaram de longe as expectativas".
O núcleo fundamental da exposição corresponde, segundo Armando Coelho, à "musealização de uma experiência de reconstrução à escala real de um monumento proto-histórico (Pedra Formosa), cuja estrutura e interpretação têm sido objecto de estudo e debate científico".
A reconstituição que se traduziu em grande parte nesta mostra visa essencialmente o objectivo de contribuir para o aprofundamento desse mesmo debate e também verificar com rigor toda a construção do monumento a partir das suas ruínas.
De acordo com Armando Coelho, a exposição nos Jerónimos enquadra-se no "programa esclarecido do Museu Nacional de Arqueologia que, deste modo, a par de uma visão nacional, vem também dando visibilidade às iniciativas locais e regionais, neste caso do Gabinete de Arqueologia da Câmara de Famalicão".
A presente exposição que ainda poderá ser vista até ao final do ano é constituída por um formato que, além da componente arqueológica, pretende, segundo o seu responsável, "apresentar-se como experiência de comunicação arqueológica, dando força aos materiais, às estruturas e às volumetrias do mundo antigo, sem esquecer a componente virtual que acompanha mas não a substitui".
Um dos aspectos curiosos de "Pedra Formosa" apontados por Armando Coelho reporta-se à interpretação proposta, ultrapassando antigas explicações e que adquirem um significado substancialmente mais rico. Destaque, por exemplo, no âmbito da antropologia religiosa em que a função aí praticada era fundamental ao evidenciar a função regeneradora dos rituais de iniciação das comunidades castrejas do Noroeste peninsular. Agostinho Santos
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