V Convenção do BE
Nos próximos dias 2 e 3 de Junho realiza-se a V convenção do Bloco de Esquerda. Dos resultados desta reunião magna sairão as principais orientações politicas para os próximos dois anos.
Quando o descrédito das populações nos partidos políticos é manifesto e crescente, não deixa de ser importante registar o facto de existirem quatro moções de orientação politica a concorrerem a esta convenção. Quatro propostas dos diferentes quadrantes e tendências internas de um partido cada vez mais democrático, livre e plural, onde todos podem participar activamente no planeamento do futuro próximo do Bloco de Esquerda.
Mais importante é que com o contributo de todos os militantes, certamente sairá dessa convenção um BE mais forte, mais organizado e mais capaz de continuar corresponder àquilo que os portugueses esperam e cujas principais batalhas são as questões sociais que afectam a grande maioria dos portugueses, dos problemas do emprego às crescentes desigualdades sociais aceleradas pelas tendências economicistas dos governos e da globalização.
O Bloco de Esquerda saído da convenção deverá ser um partido rejuvenescido internamente e que transmita para o país e principalmente para as autarquias uma nova dinâmica capaz de mudar o rumo das coisas e ir de encontro às dificuldades e aos anseios das populações. Este constante rejuvenescimento do BE faz dele um exemplo único em Portugal, por ser capaz de conciliar ao mais alto nível diversas correntes de pensamento, num salutar e permanente confronto de gerações, de ideias e de perspectivas.
A nível nacional, como a nível local, os desafios que se colocam ao BE exigem um empenho cada vez maior e uma determinação reforçada de todos os militantes e simpatizantes. O alarmante atraso cultural e cívico que se manifesta de forma mais preocupante quando (por exemplo) arguidos em processos continuam a conseguir maiorias absolutas e eleitos nos mais variados órgãos de soberania fazem exactamente o contrário daquilo que prometeram em campanha eleitoral, requer de todos nós um empenho cada vez maior para uma evolução positiva da sociedade.
Os novos desafios que hoje se colocam ao país, ao distrito, ao concelho e às freguesias exigem dos partidos políticos um novo empenho, soluções imaginativas e acima de tudo uma postura que lhes confira credibilidade para merecerem a confiança das populações e assim poderem contribuir para o desenvolvimento das nossas autarquias. Essa postura e empenho que se exige aos políticos, deve exigir-se também a todas as pessoas com capacidade, empenho e vontade de contribuir para o colectivo e não apenas para os seus interesses e estratégias pessoais ou corporativas.
Dos militantes bloquistas de V. N. de Famalicão eleitos no passado sábado delegados à convenção, dos restantes militantes e dos simpatizantes espera-se um contributo válido, participativo e empenhado no crescimento do partido, para dessa forma poder contribuir para melhorar o país e a nossa terra.
Crónica publicada no Jornal Opinião Pública de 23/05/2007
Sem comentários:
Enviar um comentário