26 de dezembro de 2008

Desmistificar o "tachismo"

Em comentários a este post, penso que importa aqui desmistificar o conceito de "tacho" na política. Ocupar um cargo público para o qual se tenha sido legitimamente eleito não poderá ser considerado, só por si, um "tacho". Agora quando o exercício desse cargo é utilizado para nomear amigos e familiares sem as necessárias habilitações ou sem qualquer tipo de concurso público já é algo que deve ser devidamente repudiado e denunciado.
Um qualquer partido que se empenha activamente em melhorar a sociedade, não pode excluir o desempenho de cargos públicos, sob pena de ser um eterno contra-poder em que a sua actuação corre o risco de ser maioritariamente inconsequente.
O grande problema do nosso país é que a grande maioria das pessoas considera normal que as coisas sejam assim, que haja aproveitamento dos cargos para benefício pessoal ou corporativo. A grande luta que é preciso travar é a criação de uma cultura de exigência, em que não se tolerem os abusos, em que as pessoas tenham uma participação activa na vida pública e que não se escondam no anonimato para manifestar as suas posições. Só assim se pode esperar uma verdadeira democracia participativa, plural e evoluída.

Sem comentários:

"O mal dos seres humanos, é que preferem ser arruinados pelos elogios, a ser salvo pelas críticas."